Domingo exatamente 06:h e cá estou eu há ver mais um espetáculo da natureza, o nascer do sol.
Amanhã está fria cheguei um pouco tarde, mas nada me impediu de vê-lo. Estou acima de um forte e a visão para o oriente me convida a mergulhar nas águas frias. A maré está baixando as ondas fazem questão de esbarrarem na praia dando vida e beleza.
A brisa sopra em minha face e faz com que as folhas saiam do lugar e levem meus pensamentos para longe, estou feliz!
Ouço um som, som que me conforta e me aquece, já não sinto frio. O som que ouço em meio a tanta beleza é o som do silêncio. O mundo para e em meu silêncio tenho guarita.
As nuvens ganham fôrmas e formas, cores e curvas anunciam que logo irá chover a areia molhada me convida a passear em passos curtos. Está chovendo procuro um abrigo para me refugiar, o mar em sua vastidão se enfurece trazendo fortes ondas a beira mar.
O silêncio logo me aquece, nele sinto plena confiança, não me abandona nem me esquece, não me põe de lado para escanteio.
Forte ele sustenta-me, me ensinado a viver sabendo que com meu silencio sou imbatível, indestrutível.
Com apenas meu silêncio posso destruir qualquer um que tente passar na minha frente, pois meu silenciar me torna um assassino em série destruidor.
O tempo passa, ando em círculo e só ouço a doce voz do silêncio.
Sinto-me bem! Não tenho tudo o que quero, mas tenho tudo o que preciso. Se hoje pudesse fazer um pedido desejaria estar aqui nesse momento nessa exata hora.
Silêncio eu sou teu grito, sou a voz que não quer calar.
Silêncio e continuo a escutar.
Glebson Lima