As vezes...
As vezes pego com apego no êxito,
E a solidão me arrasa o coração... Faz-me chorar.
As vezes pego sem pensar,
E penso sem poder alcançar.
As vezes quero colo para embalar a criança que em mim ah,
Sossego no travesseiro querendo entender de onde vem o som a ecoar.
As vezes os olhos brilham sem o nada ah,
E me pego bobo sem saber pra onde olhar.
As vezes canto sem saber onde o som vai pairar,
As vezes sonho os sonhos impossíveis que irei tentar realizar.
As vezes sou as ondas do mar que esbarra na praia,
A misturar à areia e água.
As vezes sou as notas de uma melodia,
Que ao vento flui e encanta.
As vezes sou uma lágrima a rolar,
Sou o grito a silenciar.
As vezes sou poeta.
As vezes sou poesia.
Folhas ao vento que viajam em pensamento.
As vezes sou um sorriso e um olhar.
Sou perfume da essência a igualar.
As vezes sou a gota d’água que faz toda uma diferença.
As vezes sou menino, as vezes sou homem.
As vezes sou livre!
Quero ser eu de mim mesmo.
As vezes nem existo!
Meu Binho sou eu, e amorosamente delicado é você.
Glebson Lima
24/12/2010 Meu aniversário.